O estudo, feito a pedido do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), indica que o aumento da idade média da frota brasileira se deve à pandemia de coronavírus em 2020, que fez o mercado automotivo despencar 28,6%.
Com 38,1 milhões de carros em circulação (não contando os que estão em desmanches e com perda total), o Brasil viu sua frota subir apenas 0,5% de 2019 para cá. Hoje, o país tem a sexta maior frota de veículos do mundo, ficando atrás de EUA, China, Japão, Rússia e Alemanha.
Isso significa que uma frota mais velha está propensa a poluir mais e aumentar o número de acidentes. Elias Mufarej, presidente do Sindipeças, disse: “Carros mais velhos têm maior possibilidade de apresentar defeitos e provocar acidentes, lentidão no trânsito e emitir mais poluentes se não forem feitas as manutenções corretas”.
No retrospecto desde 1995, o Brasil entrou numa era de rejuvenescimento da frota, que culminou com idade média de 8,6 anos em 2013. A partir daí, com a crise econômica que se abateu sobre o país, o envelhecimento voltou e novamente a frota volta ao nível de 25 anos atrás.
Com o fechamento quase completo do mercado em 2020, o envelhecimento se acentuou no último ano. Além disso, com aumento do desemprego e das incertezas para o futuro – principalmente pela não garantia de uma vacinação rápida – a confiança do consumidor para a compra de um carro novo caiu.
Sem previsão de melhora das condições de saúde e econômicas do país, muitos consumidores retêm a decisão de compra, o que permite que a frota continue envelhecendo. Outro fator que contribui é o aumento das vendas de usados e seminovos, motivadas em grande parte também pela necessidade de se evitar os transportes de massa, devido à Covid-19.
Atenção! Nosso site utiliza cookies. Consulte nossa política de privacidade para saber mais.